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Situada entre a lezíria fértil do Ribatejo e o cenário austero da Beira, a vila do Sardoal exibe, surpreendentemente, características das povoações alentejanas, nomeadamente pelas casas caiadas de branco com barras azuis ou amarelas. Apertando-se sobre uma colina, surge rodeada de campos aparentemente intermináveis.
A vila mantém um aspecto típico e orgulha-se, em especial, da sua Igreja de São Tiago e São Mateus, do século XVI, que exibe uma imagem emotiva de Cristo coroado de espinhos, da autoria do Mestre do Sardoal.
Na Praça da República, a vila homenageia o grande dramaturgo ali nascido no século XVI, Gil Vicente, através de um painel de azulejos (século XVIII) na fachada da Capela do Espírito Santo, com uma cena e versos do
Auto da Serra.
Na povoação de Souto, a pequena Ermida de Nossa Senhora do Tojo teria sido fundada, segundo reza a tradição, depois de duas crianças terem encontrado uma pequena imagem esculpida da Virgem, de grande beleza, entre os tojos.
Rodeada de grandes pinheiros que oferecem uma sombra fresca no Verão, a capela é local de uma grande romaria em Agosto e a sua antiguidade (foi provavelmente fundada em 1139) compensa, de certo modo, a falta de interesse arquitectónico.
A gastronomia tradicional do concelho oferece pratos regionais como o cabrito assado ou as migas com entrecosto.
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